Entre as décadas de 1950 e 1960 o Egito passou por uma reviravolta cultural. Foi um momento em que diversos artistas se voltaram a estudar e valorizar as tradições populares.
Até então o Egito se esforçava em integrar elementos estrangeiros na dança e na música.
Em 1957 o ministério egipcio de cultura fundou o Centro de Artes Populares com a intenção de coletar e documentar as manifestações populares do Egito. Neste contexto surgiu a Companhia de Mahmoud Reda.
Mahmoud Reda é pioneiro em dança e teatro no Egito. Solista, coreografo e diretor de mais de centenas de espetáculos. Mahmoud Reda já se apresentou, dirigiu e lecionou em mais de 60 países.
As coreografias de Reda combinam as danças folclóricas egípcias com elementos da dança moderna ocidental e do ballet clássico.
A sua compania criou o que chamamos de folclore moderno ou interpretação do folclore para o teatro. As coreografias, os figurinos e diversos movimentos foram estudados em diferentes regiões do Egito, reestruturados e recriados para o contexto do espetáculo. Diversas danças não existiam originalmente na tradição popular egípcia, como é o caso do Milaya Lef.
As coreografias de Reda combinam as danças folclóricas egípcias com elementos da dança moderna ocidental e do ballet clássico.
A sua compania criou o que chamamos de folclore moderno ou interpretação do folclore para o teatro. As coreografias, os figurinos e diversos movimentos foram estudados em diferentes regiões do Egito, reestruturados e recriados para o contexto do espetáculo. Diversas danças não existiam originalmente na tradição popular egípcia, como é o caso do Milaya Lef.
O que é Milaya Lef?
O
Milaya é um tecido utilizado para cobrir o corpo. Provavelmente uma
versão moderna do antigo habarah utilizado durante o século XIX. O
habarah era um mantor de seda preta tão longo que cobria todo o corpo e
era usado pelas mulheres ao saírem de casa.
Considerando que a seda era um produto caro, somente as mulheres abastadas possuíam condições de adquirir um habarah.
Considerando que a seda era um produto caro, somente as mulheres abastadas possuíam condições de adquirir um habarah.
Mulheres não abastadas cobriam-se com um tecido mais curto e de algodão chamado "Milaya".
Durante o século XX o milaya virou moda juntamente com o vestido curto. Assim também o jeito de vestir esse mantor de forma mais "repuchada" com a inteção de mostrar as linhas dos quadris.
Durante o século XX o milaya virou moda juntamente com o vestido curto. Assim também o jeito de vestir esse mantor de forma mais "repuchada" com a inteção de mostrar as linhas dos quadris.
A personagem – Bint al Baladi
Mahmoud Reda criou para a performance "Al-Iskandarani" personagens que na cultura egípcia são apelidados de "Bint-al-Baladi" que se traduz por aqueles que são espertos, charmosos, carismáticos, que gostam de conversar etc...
Com o tempo, principalmente nos Night clubs do Cairo esse caráter mudou para a figura de mulheres liberais e dança ganhou uma característica mais sensual.
Que tipo de música é apropriada para dançar com a Milaya?
Quase todas as músicas Baladi, ou seja, as músicas populares egípcias. O que chamamos de shaabi é adequada para dançar-se com a milaya.
Quase todas as músicas Baladi, ou seja, as músicas populares egípcias. O que chamamos de shaabi é adequada para dançar-se com a milaya.
Informações foram coletadas no livro de Farida Fahmy:
"The Creative Development of the Mahmoud Reda - Contemporary Egyptian Choreographer"
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